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sexta-feira, 28 de março de 2014

A PASSAGEM DE SAINT-EXUPÉRY PELO RIO GRANDE DO SUL HÁ MAIS DE 80 ANOS


Entre 1929 e 1931, o autor e piloto teria feito pousos em Porto Alegre e Pelotas.
A passagem de Saint-Exupéry pelo Rio Grande do Sul há mais de 80 anos Divulgação/Ver DescriçãoFoto: Divulgação / Ver Descrição
O homem que escreveu um dos livros mais vendidos do mundo, Antonie de Saint-Exupéry, autor de O Pequeno Príncipe, teria vindo ao Rio Grande do Sul. Mais que isso: teria trabalhado aqui, passeado, tomado banho no rio Gravataí e — para orgulho dos mais bairristas — até saboreado um churrasco gaúcho.E Saint-Exupéry acaba aparecendo porque fora o trabalho nas letras, também era piloto e utilizaria essas pistas entre 1929 e 1931, período em que viveu em Buenos Aires. Não transportava gente, mas cartas da Europa para a América do Sul. Os aviões, ainda precários, não conseguiam percorrer longas distâncias, viviam quebrando e precisavam ir fazendo muitas paradas. Por isso, ele faria pousos periódicos nas cidades gaúchas. Os jornais da época alardeavam o feito dos "aparelhos possantes" que tinham feito viagem de Pelotas a Montevidéu em 3h40min. O mesmo trajeto hoje leva 40 minutos. As evidências da passagem do escritor pelo Estado começam a ser descobertas por um estudo que pretende colocar o Estado no mapa do patrimônio material e imaterial da Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco). O projeto, coordenado pela Fundação Latécoère, quer restaurar as primeiras escalas de voo no Brasil, que por aqui ficavam em Porto Alegre e Pelotas.
Atualmente, a parada de pouso em Pelotas, que contava com uma pista, oficina mecânica e uma casa, já não pode ser reconhecida. Ao invés disso, se amontoam lixo, laranjas podres, madeiras, porcos e cavalos de criação, onde hoje é erguida a casa de Luís Fernando Oliveira, 36 anos. O que era para ser um vão para guardar peças de aviões se transformou em uma piscina de água preta e parada.

Em Porto Alegre, a pesquisa deve começar no segundo semestre. A única pista da passagem de Exupéry vinha na obra Voos noturnos, em que ele citava o município. "Havia brumas para os lados de Porto Alegre", escreveu. 
Mas a possível confirmação chegou pelo testemunho do jornalista, escritor e advogado Nilo Ruschel, no livro Rua da Praia. Ele escreveu ter visto o francês tomando uma hidrolitol, espécie de refrigerante, nos cafés da Rua dos Andradas. 
Nesse tempo, sequer tinha lançado sua obra prima e era reconhecido na cidade "pelos casacos de couro que os aviadores, e só eles, então vestiam", descreveu. Ruschel deixou registrado que os aviadores foram a um assado na zona sul da Capital e deu seu palpite pessoal: "Oh, Saint-Exupéry adorava o céu de Porto Alegre, e Mermoz (outro piloto), as mulheres!".

      
A antiga pista de pouso em pelotas - Foto: Reprodução  
Hoje o local é irreconhecível - Foto: Jerônimo Gonzalez 

O exemplo de Santa Catarina

A empresa para qual Saint-Exupéry trabalhava, a atual Air France e antiga Aéropostale, foi a primeira a fazer a distribuição de cartas por avião da Europa para América do Sul. A empresa tinha 28 cidades-escalas nos três continentes. Destas, 11 estavam no Brasil, como a de Pelotas, Porto Alegre e a do Campeche, em Florianópolis.

A casa onde Exupéry morou em Florianópolis - Foto: Cristiano Estrela


A proposta é recuperar esses locais e torná-los patrimônio da humanidade pela Unesco. Em cada um deles, existia uma casa onde os pilotos dormiam e reabasteciam os aviões, a pista de pouso, uma oficina para consertar as máquinas e as redes de comunicação sem fio. 

Em Pelotas, o lugar está irreconhecível. Em Porto Alegre, o local ainda não foi vistoriado. Já o de Campeche, no sul da Capital catarinense, ainda é possível ver a casa dos pilotos. Por lá, o processo está adiantado: foi apresentado um projeto, orçado em R$ 900 mil, para captar recursos via Lei Rouanet e restaurar o local.  A ideia é apresentar a história de cada piloto, maquetes dos aviões da época e uma coleção de selos.

As aventuras dos pilotos franceses

No década de 1920 e 1930, os aviões para uso comercial recém chegavam no Brasil. A empresa para qual Saint-Exupéry trabalhava foi a primeira a fazer um mapa aéreo do país. Foi pioneira na América do Sul. E para enfrentar o desconhecido contratou pilotos jovens entre 20 e 25 anos. Os aventureiros enfrentaram todo tipo de sorte com aviões que viviam quebrando no ar: há histórias pelo Brasil de pilotos caindo em aldeias indígenas, praias desertas e ainda na Cordilheira dos Andes em pleno inverno, onde um aviador conseguiu sobreviver após cinco dias de caminhada. 

 
O mapa da Aéropostale - Foto: Reprodução 
No 5º capítulo de O Pequeno Príncipe aparece o acendedor de lampiões. A pesquisadora Mônica Cristina acredita que tenha sido inspirado nos primeiros Voos noturnos no Brasil, que não tinham luzes nas pistas, mas moradores e pescadores os recebiam com tochas acesas.
Fonte:http://zerohora.clicrbs.com.br/

terça-feira, 25 de março de 2014

ESTREIA DE SENNA NA F1 COMPLETA 30 ANOS


Muito obrigado pelas alegrias que você nos proporcionou às manhãs de domingo. Alegrias das quais, até hoje (20 anos), não tivemos mais!!!

 Fique com Deus!!!!

Eduardo Mariño Rial